PERMEABILIDADE ENTRE FAMÍLIA
"A união e afeição que existem entre parentes são indícios da simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo caráter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê. Deus permite, nas famílias, essas encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns, e de meio de adiantamento para outros. Os maus se melhoram pouco a pouco ao contato dos bons e pelos cuidados que deles recebem; seu caráter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos".
Isto quer dizer que, por acréscimo da Divina Bondade também surgem nos grupos familiares algumas criaturas de nível mais elevado, do ponto de vista espiritual, e que funcionam à feição de moderadores que tendem a evitar indesejáveis "incêndios" na hora de "frisson".
Cada família possui organização e estruturas específicas, bem como características próprias, quanto à natureza e função,as quais estão vinculadas aos valores de nossa sociedade e cultura.
A organização existente no interior da família poderão exercer suas tarefas especificas quando houver permeabilidade nas fronteiras que os delimitam dos demais sistemas ou famílias das sociedades. Se não houver permeabilidade, a interação ou troca não é possível e o sistema empobrece por falta de informação.
A ausência de permeabilidade na fronteira familiar, faz com que tornem-se escassas as trocas com o meio ambiente, tornando-se "famílias fechadas ao contato externo".
Se houver permeabilidade total nas fronteiras, a família se descaracteriza, e em seu interior é comum a indiferença, confusão de papéis e ausência de autonomia.
O estado ideal das fronteiras é, portanto, a semi-permeabilidade que permite trocas ao mesmo tempo em que garante diferenciação do meio ambiente e dos membros que o compõem.
Podemos denominar o relacionamento familiar como disfuncional e funcional.
Em famílias cujos relacionamentos são disfuncionais, encontramos freqüentemente, o envolvimento de uma ou mais crianças no conflito marital, o que serve geralmente para distrair a atenção dos pais de um conflito não resolvido, um conflito “submerso”, geralmente resultando numa disfunção na criança.
Em nosso orbe, a vida em família é muito difícil, pois sempre temos arestas a aparar. Respeitar o espaço do outro e ter o nosso respeitado, esse é o maior impasse. Porém, Deus é o bem Supremo e a Excelsa Sabedoria, se não fosse a família, seria muito difícil trabalhar as nossas imperfeições. Muita paz!
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