UM SEGREDO NA PARÁBOLA DO SEMEADOR
Há dois mil anos passamos adiante esta parábola de Jesus, e nela devemos notar algo essencial e, também, invisível aos nossos olhos:
O semeador semeia sempre; não olha para traz; não tem ansiedades pelo futuro nem maldiz a terra ou as dificuldades do passado e do presente que atrapalham a sua colheita; simplesmente continua semeando.
Os pais, na função de semeador, não amam a semente nem a colheita. Amam sim a terra que cultivam e que trabalham para tornar mais produtiva. Sua semeadura não se restringe ao lançar de sementes, palavras valiosas, mas também na exemplificação que significa o trabalho na terra pedregosa, afofando-a e retirando-lhe as pedras para o arejamento da raiz; o extirpar de más inclinações do passado, desbastando os espinheiros e ajustando a beira do caminho para que esta acolha as sementes antes da chegada das aves que com certeza virão visitá-la.
*As famílias afetivamente amorfas São o resultado dos semeadores que não semeiam, indiferentes ao destino da terra que lhes foi confiada.
*As famílias afetivamente passionais São o resultado dos semeadores que se voltam contra a terra, contra Deus e contra todas as dificuldades que os visitam. Violentam a terra, cobrando dela resultados que esta ainda não está preparada para proporcionar.
*As famílias afetivamente compensatórias e semipermeáveis São o resultado do trabalho constante do semeador, assim como na parábola, que entende que mesmo a terra boa produz proporcionalmente á sua capacidade (30 para 1, 100 para 1,...).
Temos recebido, à luz do espiritismo, as sementes, a palavra do reino, os ensinos espirituais.
Segundo o que produzir com esses ensinamentos, cada qual revelará, em sua vida, que tipo de solo é a sua alma. no Evang.Seg,Espiritismo, Cap,14, parág.9, temos um interessante ensinamento que vem completar as nossas reflexões:
"Quando os pais fizeram tudo o que deviam para o adiantamento moral dos filhos, se não se saem bem, não têm censuras a se fazer, e sua consciência ' pode estar tranqüila, mas, ao desgosto muito natural que experimentam do insucesso dos seus esforços, Deus reserva uma grande, uma imensa consolação, pela certeza que não é senão um atraso, e que lhes será dado acabar em outra existência a obra começada nesta, e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor. "
É triste ver quantas famílias relegam a educação de seus filhos, as vezes depositando em ombros de terceiros, outras vezes deixando as crianças à sua própria sorte. O sexo irresponsável muitas vezes geram filhos indesejados, q colhem os frutos da irreflexão de seus pais. Enfim, cada espírito está no melhor lugar para o seu aprendizado. Muita paz!
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