RESPONSABILIDADES
DO MATRIMÔNIO
O matrimônio em linhas gerais é uma experiência de reequilíbrio das
almas no orçamento familiar.
Não poucas vezes os nubentes, mal
preparados para o consórcio matrimonial, dele esperam tudo, guindados ao
paraíso da fantasia, esquecidos de que esse é um sério compromisso, e todo
compromisso exige responsabilidades recíprocas a benefício dos resultados que
se deseja colimar.
A “lua de mel” é imagem rica da
Ilusão, porquanto, no período primeiro do matrimônio, nascem traumas e
desajustes, Inquietações e receios, frustrações e revoltas, que despercebidos,
quase a princípio, espocam mais tarde em surdas guerrilhas ou batalhas
lamentáveis no lar, em que o ódio e o ciúme explodem, descontrolados, impondo
soluções, sem dúvida, que sejam menos danosas do que as trágicas.
É indispensável que para o êxito
matrimonial sejam exercitadas singelas diretrizes de comportamento amoroso. Há
alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade antes de
agravar a União conjugal:
Silêncios injustificáveis quando os
esposos estão juntos;
Tédio inexplicável ante a presença do
companheiro ou da companheira;
Ira disfarçada quando o homem ou a
mulher emite uma opinião;
Saturação dos temas habituais, versados
em casa, fugindo para intérminas leituras de jornais ou inacabáveis novelas de
televisão;
Irritabilidade contumaz sempre que se
avizinha do lar;
Desinteresse pelos problemas do outro;
Falta de intercâmbio de opiniões;
Atritos contínuos que ateiam fagulhas de
instabilidade, capazes de provocar incêndios em forma de agressão desta ou
daquela maneira...
E muitos outros mais.
Antes que as dificuldades abram
distâncias e os espinhos da incompreensão produzam feridas, justo que se
assumam atitudes de lealdade, fazendo um exame das ocorrências e tomando-se
providências para sanar os males em pauta.
Assim, a honestidade lavrada na
sensatez, que manda “abrir-se o coração” um para com o outro, consegue corrigir
as deficiências e reorganizar o panorama afetivo.
É natural que ocorram desacertos.
A questão não é de uma “nova busca”
mas de redescobrimento do que já possui.
Antes da decisão precipitada, ceder
cada um, no que lhe concerne, a benefício dos dois.
Se o companheiro se desloca,
lentamente, da família, refaça a esposa o lar, tentando nova fórmula de
reconquista e tranqüilidade.
Se a companheira se afasta,
afetuosamente, pela irritação ou pelo ciúme, tolere o esposo, conferindo-lhe
confiança e renovação de idéias.
O cansaço, o cotidiano, a apatia
são elementos constritivos da felicidade.
Nesse sentido, o cultivo dos ideais
nobilitantes consegue estreitar os laços do afeto e os objetivos superiores
unem os corações, penetrando-os de tal forma, que os dois se fazem um, a
serviço do bem. E em tal particular, o Espiritismo — a Doutrina do Amor e da
Caridade por excelência — consegue renovar o entusiasmo das criaturas, já que
desloca o indivíduo de si mesmo, ajuda-o na luta contra o egoísmo e concita-o à
responsabilidade ante as leis da vida, impulsionando-o ao labor incessante em
prol do próximo.
E esse próximo mais próximo dele é o
esposo ou a esposa, junto a quem assumiu espontaneamente o dever de amar,
respeitar e servir.
*SOS Família / Divaldo Franco pelo espírito de Joanna de Angelis
O espiritismo nos auxilia a compreender o porque das uniões e nos aconselha como proceder para vivermos em harmonia. Muita paz!
ResponderExcluir